18.7.14

Believe - 41 -





Justin Bieber P.O.V's

30 de novembro - 10:00 PM - Los Angeles


Eu tinha acabado de voltar de um bar, a notícia que Íris me deu devastou-me por inteiro. Eu fui pego de surpresa e isto me deixou completamente irritado, a bebida fez um pouco de efeito no meu estado. Abri a porta da casa cambaleando, minha voz estava embragada pelo choro.

___ ÍRIS! - gritei o mais alto que consegui. - AMOR CADÊ VOCÊ? - cambaleei e acabei caindo no chão.

Levantei-me devagar e consegui equilibrar-me com a ajuda da parede, caminhei escada acima rumo ao nosso quarto. Quando entrei deparei-me com nada, absolutamente nada. Tudo estava arrumado e Íris não estava ali.

___ ÍRIS? ÍRIS? ÍRIS? - gritei, ninguém respondia.

Senti as lágrimas inundarem meu rosto, onde ela foi? Corri pela casa toda a sua procura, sem sucesso cai ao chão novamente começando a chorar. Flash backs de nossas conversas passavam por minha cabeça, o soluço embragado denunciava meu choro. Peguei meu celular discando o número tão conhecido por mim. Chama, chama, chama, chama, chama, chama, chama.....caixa postal. Suspirei, porque ela não queria me atender? Disquei o número novamente, chama, chama, chama, chama, chama........caixa postal. 


[..]


Chris dirigia o carro, eu tentava pela décima vez ligar para ela. Nada. O que estava acontecendo? Mesmo se ela estivesse brava comigo iria atender o telefone pelo menos uma vez! Chaz comia algo enquanto me acalmava dizendo que tudo ficaria bem, algumas lágrimas ainda insistiam em cair mas isto era o de menos. Assim que o carro parou desci correndo rumo a porta, bati mais de três vezes até ver a mãe de Íris atender sorridente.

___ Justin? - ela sorriu, ignorei seu abraço rumo ao quarto de Íris.
___ Cadê ela? - perguntei eufórico. - ÍRIS? ÍRIS! - gritei, quando cheguei a seu quarto deparei-me com uma cena horrível.


Havia várias bolças espalhadas pelo chão, seu guarda roupa estava aberto e faltava peças de roupas nele. Seu computador também não estava ali, abri suas gavetas desesperado em busca de algo. Havia um comprovante que me chamou a atenção, Passagem aérea para o Brasil - voo 765 - 23:50 PM deixei as lágrimas escorrerem por meu rosto livremente. A passagem estava datada para ontem a noite, ela havia fugido de mim. Cai no chão chorando, não era possível acreditar que ela me deixou.

___ O QUE EU FIZ DE TÃO RUIM PARA VOCÊ ME PUNIR INDO EMBORA? - fui amparado por dois braços finos, deixei levar-me pela emoção e comecei a chorar ainda mais.
___ O que você fez agora? - repreendeu-me Karmin, passei meus braços por seus ombros trazendo-na para perto de mim.
___ Eu xinguei ela, eu maltratei ela e fiz tudo o que julgo ser ruim. - ela arregalou os olhos.
___ V-você também bateu nela? - neguei frustrado, ela suspirou.
___ Eu nunca levantaria um dedo para ela, eu amo ela. - seus braços deixaram-me.
___ Justin, ela não está aqui. - sua mãe entrou no quarto, assenti sorrindo fraco.
___ Ela foi para o Brasil. - todos se assustaram.
___ C-como? - sequei meu rosto, levantei-me do chão.
___ ISSO NÃO É POSSÍVEL! - sua mãe disse desesperada, deitei na cama de minha loirinha e peguei seu travesseiro inspirando seu cheiro delicioso.
___ É possível. - choraminguei. - Chris, providencie uma passagem para daqui vinte minutos com o destino Brasil. Mas especificamente Rio de Janeiro. - ele assentiu, abracei a mãe de Íris. - Olha, eu falhei muito com sua filha mas estou disposto a concertar tudo o que deixei arruinado. - ela sorriu confortando-me.
___ És ma pessoa maravilhosa Justin, minha filha tem muita sorte de te ter. - ri pelo nariz, mordi meu lábios vendo algumas gotas de lágrimas caírem em minha camiseta.


___ Não, você está errada. - desvencilhei-me dela, meu sorriso ficou murcho. - Honestamente, eu é que tinha sorte por tê-la. - andei lentamente até a porta sem esperar por ninguém.


[..]


___ Pronto?  - questionou-me Karmin, assenti de cabeça baixa.
___ Sim. - levei minhas bagagens até a porta de embarque, dei um abraço em cada um dos presentes.
___ Tchau. - disseram em coro, virei rumo a sessão de embarque.
___ JUSTIN! - me virei, a chata encarava-me chorando. - Espero que você traga minha amiga de volta. - sorri de lado, ela flexibilizou a expressão. - De preferência vocês juntos novamente. - sorri abertamente, ela riu.
___ Obrigado chata. - ela deu-me seu dedo do meio, gargalhei. - Desculpe, Jennifer. - ela sorriu, dei as costas indo até uma cadeira e sentando-me a espera do voo.


Assim que olhei para o telão de notícias, vi que passavam vídeos de meu pedido de casamento a Íris. Meus olhos encheram-se de lágrimas quando vi o sorriso de minha loirinha sentada na cadeira ao centro do palco. Eu podia ainda ouvir sua voz perfeitamente:  "Esta música eu queria dedicar a você.", "P-para mim?", "Pelo seu aniversário, por você estar presente em minha vida e por esta música ser a história do nosso amor. Um amor que é inacreditavelmente acreditável.", "Inacreditavelmente acreditável."..... "Nosso ditado, nossa história, nossa música.". Meus olhos encheram-se de lágrimas, tirei meu óculos escuro esfregando meus olhos. Eu fui um idiota, um completo retardado mental ao dizer aquilo ontem para minha loirinha. "Cadela, falsa, vadia, egoísta" eram apenas alguns adjetivos que eu lhe dei.

___ Voo 963, última chamada, embarque imediato. - levantei-me da cadeira, peguei minhas bolças e fui até o portão E de embarque.

Entreguei minha passagem e embarquei no voo de primeira classe, assim que me sentei na poltrona e levei minhas mãos a minha cabeça. Ela estava explodindo, estou realmente precisando de uma aspirina. Abri minha bolça deparando-me com algo inusitado, um diário. O diário dela, da Íris. Arregalei os olhos, como ele havia parado aqui? Tentei abri-lo sem sucesso, havia um cadeado trancando-o. Bufei, procurei algo cortante e achei meu canivete. Tentei de todas as maneiras quebrar o cadeado até que consegui finalmente, abri a primeira página vendo uma letra um tanto estranha.

O diário estava em português então eu não conseguiria ler, droga! Fiz o que qualquer pessoa faria, um tradutor salva todos nós algum dia. As primeiras páginas eram chatas, dizia de seus sentimentos por algumas pessoas, por alguns meninos da escola e ela relatava ter 13 anos. Passei algumas páginas, cheguei a uma página meio manchada, provavelmente ela chorou enquanto a escrevia. Digitei as palavras vendo-as sendo traduzidas logo em seguida. "Hoje era para ser o dia, o melhor dia da minha vida. E ele conseguiu estragar como todos os dias, minha vida é um inferno por causa dele." eram apenas as primeiras linhas mas eu já sentia a dor que ela estava sentindo quando escreveu, tudo o que eu pensava era como iria usar aquilo.


"Rick, seu maldito, eu te odeio eternamente! E pensar que eu iria conhecer finalmente Justin, meu ídolo e meu salvador deste inferno. Porque você teve que abusar das drogas justo hoje? Porque teve que abusar? PORQUE DIABOS TEVE QUE USÁ-LAS? Eu te odeio, você não sabe o quanto e quando você sair deste bendito e familiar hospital eu irei acabar com sua miserável vida. Isto não é mais uma promessa e sim uma vingança por tudo que você está causando a nossa família.". 

Meu coração parou, cada palavra transmitia a raiva que ela sentia por seu irmão e o inferno que estava sendo vê-lo....se drogar? Deixei uma lágrimas escorrer lentamente, virei uma página, outra e mais outra. Nada estava escrito, quando finalmente achei outra página escrita ela estava toda borrada e as letras difíceis de ler, suspirei. Virei outra página, esta finalmente era legível. Apertei em traduzir.

"Ele morreu, deus ele realmente morreu! Como eu pude querer me vingar dele? Ele morreu! MORREU! Meu pai me culpa todos os dias desde então por causa de sua morte, seu filho perfeito morreu e sobrou apenas a filhinha idiota que nunca deveria ter nascido. Odeio isso! Mamãe está tão abalada que sumiu,  logo agora que eu preciso de alguém todos somem". Virei uma página, traduzi, outra, traduzi e assim eu passei a noite.


[..]


Estava na frente de sua velha casa, suspirei várias vezes na tentativa de me acalmar. Bati na porta duas vezes, nada aconteceu então toquei a campainha. Com um solavanco a porta se abriu, seu pai estava parado na frente da porta com um sorriso meigo. Tentei sorrir também mas era impossível depois do que eu lembrava-me dele e dos relatos de Íris em seu diário.

___ Olá. - disse seco, ele abriu os braços tomando-me neles.
___ Garotos, você não sabe o quão feliz eu estou em vê-lo. - arregalei os olhos, ele não parecia o mesmo que me odiava e que me enxotou na última vez que nos vimos.
___ Como é? - ele sorriu, seus braços foram tirados de mim.
___ Íris está la dentro, eu chamarei ela para você mas antes eu quero me desculpar com você. - franzi minha testa, se desculpar?
___ Obrigado, mas se desculpar pelo quê? - ele sorriu de lado, ele pegou minhas malas.
___ Por tudo, eu fui um imbecil e reconheço isto. - uma lágrimas escorreu de seus olhos. - Te julguei mal e agora sei a pessoa horrível que eu era e você não sabe o quanto isto me envergonha. - sorri de lado, ele parecia sincero.
___ Neste caso, eu te desculpo. - apertei sua mão. - E me desculpo também por ser um tanto rude. - ele negou.
___ Você abriu meus olhos garoto, agora eu chamarei ela e te chamarei logo em seguida para entrar. - assenti, ele abriu a porta e gritou algo. - Pode entrar Justin. - caminhei lentamente porta a dentro.

Meu coração batia mais acelerado do que uma bomba, avistei a minha frente um ser louro de olhos esmeralda, a garota por quem em apaixonei. Íris levou a mão a boca assustada, seus olhos arregalaram-se, abri um sorriso de canto honesto tentando suavizar a tensão que estava se instalando na sala. Aproximei-me um pouco dela tomando sua mão.

___ Oi. - sussurrei roucamente, ela sorriu debochada.
___ Veio aqui para terminar sua lista de xingamentos? - ela riu. - Ou veio para ver o estado deplorável que você me deixou? - bufei, levei a mão a cabeça assentindo negativamente tudo aquilo.


___ Íris, eu vim aqui para me desculpar com você. - ela gargalhou ainda mais irônica.
___ Desculpar? Porque? Eu não sou mais a vadia egoísta que vou pensava? - suspirei, ela só está piorando a situação.
___ Claro que não Íris, eu te amo. - acariciei sua face, ela cuspiu em minha cara. - Mas o que..... - meu rosto começou formigar, ela não havia feito isto. Oh não!
___ Idiota, eu te odeio! - senti minha outra bochecha arder, segurei seu pulso.
___ Íris, podemos subir e conversar calmamente em seu quarto. - ela assentiu negativamente, um sorriso amargo prendia em seus lábios.
___ Eu não quero. - suspirei.
___ Isso não foi uma pergunta, foi uma afirmação Íris. - ela riu, peguei sua mão. - Vamos! - tentei guiar-nos para a escada mas ela se recusou.
___ Eu não quero ir com você. - a loira ficou parada, seus braços cruzaram-se abaixo de seus seios.
___ Íris, vamos lá é apenas uma conversa. - ajoelhei-me. - Eu prometo que se você decidir não querer me ver mais eu aceito isto e vou embora de sua vida para sempre. - sua expressão parecia vazia agora, contra sua vontade ela subiu a escada com passos pequenos.
___ Tudo bem, mas eu não prometo nada. - assenti desnorteado. 
___ Vou descobriu? - perguntei após um minuto de silêncio, ela franziu a testa.
___ Descobri o quê? - ela parecia irritada.
___ Se está grávida. - ela bufou.
___ Eu tenho cara de adivinha para você? - franzi a testa, estávamos chegando ao topo da escada.
___ Porque está agindo assim? - perguntei sem entender.
___ Assim como? - ela parecia confusa.
___ Assim, você está me tratando como se eu tivesse te humilhado na frente de várias pessoas e quebrado seu coração. - ela gargalhou.
___ E não quebrou, e não me humilhou? - parei um degrau acima do dela.
___ Sim mas não faz sentido você me tratar assim. Olha eu não sou tão ruim, estou aqui no Brasil, na sua casa, na sua frente para pedir redenção e você me trata como se eu fosse um nada. - disse tudo de uma só vez fazendo algumas caretas, isto não fazia o menor sentido.


___ Isto não faz sentido? - ela riu, suas mãos deram um empurrãozinho em mim fazendo-me tropeçar e cair um degrau. - O que não faz sentido é você ainda pensar que eu vou voltar correndo para você depois de tudo. - outro solavanco me fez ir para trás. - QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA PARA PENSAR QUE EU VOU VOLTAR PARA VOCÊ? VOCÊ ME CHAMA DE VADIA EGOÍSTA MAS QUANDO EU LHE CONTEI AQUILO FOI VOCÊ QUE FOI O EGOÍSTA CAFAJESTE QUE SE IMPORTOU APENAS EM ME JULGAR POR ALGO QUE FIZEMOS JUNTOS A ME APOIAR. EU TE ODEIO JUSTIN, ÉS O CRETINO MAIS SUJO DA FACE DA TERRA!- senti meu coração explodir neste exato momento, um solavanco me fez errar o degrau e rolar escada abaixo. Só parei quando senti meu corpo chocar-se com o chão de madeira da sala, meus olhos rodavam assim como minha cabeça e tudo o que consegui fazer foi fechar meus olhos e sentir um vazio invadir-me.




...

Mais 3 ou 4 capítulos, Continua?

6 comentários:

  1. Jah to com sdd's tah ib :"( Continua mds oq ouve? Elw desmaio e agora 'o' Continua tah pft como SEMPRE ♡

    ResponderExcluir
  2. Continuaaaaaaaaa U-U

    divulga meu blog flor please>>http://imaginebelieberamantesdobieber.blogspot.com.br/2014/07/apresentacao-da-dona.html

    ResponderExcluir

Se for comentar em anonimo,deixe nome ou twitter,thanks :D