Believe - 44 - Penúltimo Capítulo

Íris Destiny Lavigne P.O.V's

Presenciar aquela cena deu ódio, amargura e tristeza. Vi que Justin olhava atentamente para meu anel, cocei a garganta a fim de mostrá-lo ainda mais. Justin engoliu em seco, caminhei em sua direção com os braços abertos. Ele usou a muleta para vir até mim. 

___ Senti saudades. - inspirei profundamente seu doce perfume, suas mãos já movimentando-se afagaram minhas costas.

___ Porque partiu? - suspirei, fiquei um minuto em silêncio abraçada a aquela abraço não correspondido.

___ Eu tinha de partir. - seus olhos estavam marejados, sorri de lado.

___ Ora, pelo que vi parece que eu não fui muito ausente em sua vida. - ele abriu a boca deixando-a escancarada, ri pelo nariz. - Estou brincando. - ele sorriu amargamente.

___ Você não me disse para seguir em frente? - ri fraco. - Eu segui. - sorri.

___ Eu sei que seguiu. - desvencilhei-me dele, ele apoiou-se na mesa da "médica".

___ Então...porque resolveu voltar? - acariciei sua linda e perfeita face, ele desviou o olhar confuso.

___ Eu tinha de voltar. - ele arqueou uma sobrancelha.

___ Você tinha de partir, você tinha de voltar....mas porque não ficou? - abaixei o olhar em direção a suas mãos, levei-nas até meu coração.

___ Eu não podia ficar Justin, entenda que, se eu ficasse você não estaria como está hoje. - ele riu debochado.

___ Com um coração partido? - ri, virei as costas para ele e caminhei até o violão ao lado de uma bola de pilates.

___ Você consegue tocar? - peguei o violão indo em sua direção.

___ Um pouco. - ele admitiu, seus olhos eram de um mar de tristeza. - Porque? - ele repetiu a pergunta um pouco mais elevado.

___ Você precisava de um tempo, para se recuperar emocionalmente e fisicamente. - ele riu.

___ Eu sabia. - franzi a testa.

___ Sabia o.... - ele pegou o violão de minha mão atirando-o no chão, com a muleta ele deu alguns passos mancos até mim. 

___ Eu sabia. - ele largou as muletas agarrando meus olhos, algumas lágrimas saíam de seus olhos. - Você não conseguiria me amar vendo-me sendo um inútil paralisado. - suas lágrimas intensificaram-de. - Ninguém, ninguém entende o que eu passei este tempo todo lamentando-me porque era um inútil sem ninguém. Ninguém. - meu sorriso desapareceu de minha face, agarrei suas mãos.

___ Justin, não. - era tarde demais, ele havia saído correndo da sala, como suas pernas não estavam boas ele tropeçou e torceu o pé gritando em agonia.

___ ALGUÉM POR FAVOR! - corri até ele, peguei ele no colo e deitei na maca ali presente. - Por favor Justin, não faça eu sofrer novamente vendo-o em uma cadeira de rodas. - beijei sua testa, ele gemia em agonia.

___ Está doendo. - beijei sua testa com mais ternura.

___ Calma anjo, eles já estão vindo. - ele choramingou abraçado em minha camiseta.

___ Me desculpe. - ele choramingou, seus soluços estavam altos. - Me desculpe, eu não deveria... - beijei sua testa novamente.

___ Calma. - ele sorriu rapidamente, a médica anterior e alguns enfermeiros entraram no quarto.

___ O QUE DIABOS ACONTECEU AQUI? - ela perguntou perplexa, dei de ombros levantando-me.

___ Você aconteceu, vadia. - dei as costas a eles e segui até a saída.

[..]

Eu esperava sentada em uma cadeira na recepção, a recepcionista olhava-me torto várias vezes. Havia saído uma manchete a alguns meses atrás dizendo sobre meu "desaparecimento" e ter abandonado o casamento mais esperado do ano. Fingi folhear uma revista e ignorar ela, vi uma movimentação estranha no corredor e estranhei.

___ Íris Destiny Lavigne, comparecer a entrada do hospital com urgência. - sorri de lado, todos na ala encaravam-me curioso.

___ Acho que sou eu. - levantei-me da cadeira, segui até as escadas e em seguida até a entrada do hospital.

Assim que cheguei lá haviam milhares de jornalistas, fotógrafos (paparazes) e uma mulher de cabelos negros escorridos sorrindo debochada. Engoli em seco, Pattie. Ela aproximou-se de mim pronta para dar algumas bofetadas em minha cara como da última vez que nos vimos. Dei um passo a frente confiante de mim mesma, talvez nem tanto.

___ O que faz aqui Íris? - seu tom era arrogante, suspirei.

___ Vim visitar meu amado. - ela riu pelo nariz, ajeitei as mãos ao lado de minha cintura.

___ Amado. - ela disse a palavra com desgosto, suspirei profundamente.

___ Justin, meu amado. - ela riu.

___ Vamos parar com este teatro barato íris, todos sabem a vadia que você é. - dei mais um passo ficando frente a frente com Dona Pattie.

___ Vadia? - ri. - Fui eu que não dei recados a seu filho, que impedi o amor da vida dele de visitá-lo, que falei mal de mim para a mídia e publiquei aquela matérias incentivando o Justin a  finalmente largar mão de MIM? - ela tinha um sorriso sapeca prendendo em seus lábios.

___ Eu fiz isso? - ela disse ofendida voltando-se para as câmeras, sorri entendendo seu jogo.

___ Só um minuto Dona Pattie. - peguei minha bolça, revirei-na a procura de meu celular e quando alcancei-o procurei o arquivo gravado nele. - Se não se lembrar eu posso refrescar sua memória. - sorri perversa.

" Íris sua maldita, eu já disse que não quero mais ouvir falar de seu nome e muito menos de você. SUMA, SUMA DE MINHA VIDA E DA DO JUSTIN! Você já não fez um estrago suficiente em nossa família?SUMA!"

Dizia uma mensagem, apertei no gravador colocando em outra.

"Nunca lhe direi onde estamos Íris, eu nunca mais deixarei meu filho vê-la e sabe aquele sentimentos de amor que ele sentia por você? Ele sumiu assim como você, agora ele está apenas com ódio de você. Eu abri os olhos dele Íris, EU FINALMENTE ABRI OS OLHOS DELE!"

Suspirei cansada, iria apertar em mais uma mensagem mas estava de bom tamanho. Ela ficou vermelha na frente dos flashes que nos segavam e capturaram tudo. Podia até ver uma manchete de primeira página com nossa "discussão". Mandei beijo para as câmeras e encarei-a sorridente.

___ Seus esforços foram em vão Dona Pattie, o Justin me ama ainda. - sorri de lado. - Ele me faz bem, fugi uma vez dele e deixou-o escapar....isso nunca mais se repetirá. Eu prometo. - segui caminhando pela rua estreita até uma livraria quieta.

Suspirei encostando-me nas estantes mofadas e lotadas de livros, eu não desejava mal a ela apesar de ter muita vontade de fazer isto. Alguns dias depois de eu abandonar o Rio e Justin, consegui ancorar em Orlando e pretendia ir até a Califórnia atrás de Justin mas meus esforços foram falhos já que Pattie não me informava a localização de Justin e muito menos se ele estava lá. Suspirei, meu celular vibrou em meu bolço seguidas vezes. Apertei em apertar.

___ Alô. - uma voz abafada estava do outro lado da linha, passei a mão por meus olhos.

___ Justiin? - ele riu.

___ Como sabe? - fiz uma careta.

___ Está no identificador de mensagens. - ele riu mais uma vez, ri junto. - O que quer anjo? - ele suspirou.

___ Encontre-me no Parque Central. - ri confusa.

___ Como? - ele riu do outro lado. - Isso é algum tipo de brincadeira? - perguntei sem acreditar.

___ Apenas me encontre. - ouvi o outro lado ficar mudo e a ligação caiu, suspirei guardando o celular dentro de minha bolça.

[..]

Caminhei até a entrada do parque, haviam seguranças para todos os lados. Franzi a testa, o que ele queria aqui? Passei pelos seguranças sem problemas seguindo até a margem do lago. Sentei-me na grama olhando ao redor apenas um campo verde no meio dos prédios cinzentos.

___ Oi. - virei-me assutada, levei a mão ao coração surpresa.

___ O-oi. - ele sorriu debochado, de trás de seu corpo pude ver um buquê de rosas ser retirado e me entregado.

___ Para você, como da última vez. - sorri pegando as flores e cheirando-as, tinham o mesmo cheiro daquelas que ele entregou-me na primeira vez.

___ Obrigado, são lindas...como você. - ele corou levemente, seu pé estava enrolado em algum tipo de facha.

___ Então, preparada para nossa segunda chance? - franzi a testa.

___ Nossa o quê? - ele pareceu corar ainda mais.

___ Quero dizer, para nosso encontro de boas vindas? - ri.

___ Isso existe? - ele assentiu.

___ Vamos. - ele ajudou-me a levantar da grama, caminhamos até o campo aberto livre do lago e pude avistar uma cesta de piquenique.

___ Pera, isso parece coma quela vez que... - ele sorriu.

___ Nos encontramos no bosque e fizemos amor, sim. - ele admitiu sorridente. - Mas sem a parte de que eu lhe machuquei. - pedi silêncio.

___ Ei, shiuuuu. - ele sorriu e mancando foi até uma toalha xadrez.

___ Preparei comida para nós. - sorri sentando-me na toalha, isso aprecia tão estranho.

___ Oh, tudo bem. - ele riu pegando em minha mão.

___ Mas antes de tudo. - ele mostrou o anel reluzente em seu dedo, levei a mão em direção a boca e meus olhos marejaram.

___ O nosso anel, digo, o seu anel de noivado. - ele riu.

___ Nosso anel. - ele pegou minha mão passando a mão pelo anel, senti-me um pouco incomodada.

___ Vamos comer? - interrompi estes momento "fofo", ele sorriu risonho.

[...]

___ Tem um pouco de chocolate em seu nariz. - rimos, ele aproximou-se passando a língua em meu nariz. - CREDO! - rimos mais uma vez, o clima ficou pesado e ficávamos fitando-nos confusos. Ele aproximou sua mão de meu rosto e acariciou-o calmamente.

___ Eu amo seu rosto. - corei levemente, ele sorriu.

___ Obrigado, eu acho. - ri pelo nariz, ele aproximou seu rosto do meu e senti meu corpo todo ficar em chamas. Seus lábios tocaram os meus em um beijo calmo, meus pelos arrepiaram-se todos de uma vez, Justin pediu passagem para sua língua mas por impulso empurrei-no com minha mão. Seus lábios desgrudaram-se dos meus.

___ O que você fez? - levantei-me em um pulo.

___ Como assim? - ele parecia confuso.

___ Eu tenho namorado Justin. - seu sangue sumiu de sua face, engoli em seco.

...

Capítulo idiota, eu sei :c

...

Anjos, não poderei postar o último capítulo sexta por conta de uma cirurgia que terei de fazer. Serei internada as oito da manhã e não sei quando terei alta já que a cirurgia será á tarde. 

..

Continua?