7.6.14

Believe - 29 -



Justin Bieber P.O.V's



Estávamos todos nos encarando, nosso ensaio de hoje cedo não estava dando resultado. Todos estavam assustados, não conseguiam se pronunciar. Suspirei. Será eu que irei começar, vamos lá Jay!

_ A anos atrás eu fui tão imaturo e infantil, quando consegui minha fama pensei que eu poderia comprar a felicidade como qualquer outro bem material. - suspirei sentindo as lágrimas se formarem no canto de meus olhos. - Tão burro fui eu. A felicidade não é algo material e muito menos algo que se compra, ela é algo que devemos lutar para conseguir. Por muito tempo eu fingi não vê-la e não querê-la mas na verdade eu estava com medo de correr atrás dela e quebrar a cara. - Íris me abraçou de lado, virei minha cabeça para o lado vendo a fogueira queimar e as lágrimas escorrerem livremente.

 

_ E-eu tenho vergonha de quem fui no passado, mesquinho e tão hipócrita. - todos abaixaram suas cabeças menos minha mãe. - Eu prometo deixar esse Justin no meu passado, ele ficara junto a meus erros no passado. - joguei meu colar no fogo. - Esse colar eu ganhei quando ainda era alguém fútil, ele simboliza quem eu não quero ser mais hoje em dia. - me sentei novamente no banco tentando acalmar meu coração que batia acelerado.

Jennifer se levantou e se pôs em frente a fogueira deixando algumas lágrimas denunciarem sua franqueza. Ela tirou algo de seu casaco que logo identifiquei como uma faca, arregalei os olhos sem entender. Porque ela jogaria uma faca no fogo? O que isso tem a ver com seu passado e seus erros?

_ Quando eu tinha 14 anos, era uma menina levada. Muito alegre e divertida, todos me adoravam e me julgavam uma criança linda. - ela riu sem humor. - Mal elas sabiam que essa menina era abusada por seu padrasto e sua mãe estava pouco se lixando para ela. - arregalei os olhos, esse era seu passado?. - E a menina doce e alegre decidiu parar de fingir um dia, começou a usar a pose de durona e de invencível para esconder sua dor e seu sofrimento. - vi que os olhos de Íris estavam vermelhos de tanto chorar, abracei-a com mais força fazendo ela sorrir de lado ema agradecimento. - Quando conheci Íris, tudo mudou. - ela sorriu radiante. - Ela era tão frágil e tão acuada, mal ela sabia que me ajudava a superar minha dor a cada dia tornando-me mais forte e corajosa. - sorrimos. - A menina, no caso eu. - ela riu sem humor. - Tomou coragem de largar seus pais e ir morar na casa de sua amiga, eu retomei minha real eu a alguns anos mas não largo essa pose de durona para não ser machucada novamente. - ela deixou algumas lágrimas escorrerem. - Mas nada disto adianta sendo que eu machuco a todos. - ela abaixou sua cabeça aos soluços enquanto todos nos entreolhávamos.
_ Você não machuca a todos a sua volta. - disse Íris sorrindo fraco e Jennifer esperou até olhar para ela chorosa.



_ É claro que machuco, todos que estão comigo se afastam. Eu sou como um vidro quebrado que causa estilhaços acertando a todos. -  abaixei a cabeça, eu tenho a mesma opinião sobre eu mesmo.
_ Não és nada disto. - minha loirinha foi até sua amiga, ela secou suas lágrimas delicadamente e deu um sorriso amistoso. - És uma linda e fantástica garota com apenas uma história sofrida mas irei ajuda-la a reconstruir um novo futuro. - Jennifer deu seu melhor sorriso.
_ Promete? - Destiny assentiu estendendo o dedinho.
_ Prometo de dedinho, de alma e de coração. - elas sorriram se abraçando, Íris se sentou para a marrenta a minha frente terminar suas palavras.
_ Essa faca foi minha companheira por muito anos, ela conhece cada partezinha de meu corpo. Ela me mutilou e me ajudou a continuar forte. Entretanto ela é apenas uma doce ilusão de minha cabeça, ela não afastava a dor nem reprimia ela. Ela apenas dava uma falsa ilusão anestesiando minha real dor com uma ainda maior. - ela pegou a faca meio enferrujada jogando-a no fogo e vendo-a queimar lentamente.- Ela é algo de meu passado que quero esquecer.

 Jeni se sentou ao meu lado me dando um abraço e surpreendendo-me mortalmente. Retribui o abraço ainda estático, o que aconteceu com o ódio mortal que ela sentia de sequer falar comigo? Talvez ela estivesse apenas zoando comigo, apenas esperando minha reação de compaixão. Soltei seus braços que me envolviam e dei uma risada fraca vendo ela me olhar confusa. Eu não iria ser alvo de mais uma brincadeirinha da Karmin, oh não!

_ Minha vez. - se pronunciou minha loirinha.

Íris se levantou e andou entre nós, ela se posicionou na frente da fogueira. Ela me olhou por um segundo e sussurrou "eu não tenho nada para oferecer". Olhei para Jennifer que tirou algo de sua bolça, ela jogou um caderninho com aparência velha entregando-no para Destiny. As duas se entreolharam e por um momento vi Íris recusar o objeto mas logo retomou sua postura pegando ele e abrindo um cadeado que estava ao lado.

_ Eu fui ingênua. Burra, muito burra! - ela riu sem graça. - Eu pensava que poderia ser submissa e agradar a todos, eu pensei que fosse o correto nunca questionar nada. Eu fui tão, tão idiota. - ela se xingou batendo em sua cabeça. - Eu tentava pensar na felicidade dos outros antes da minha, eu botava todos como deuses e eu como escrava, uma serva de todos. - seu sorriso se curvou. - Rick uma vez me disse que era para eu parar de ser criança e tentar pelo o que eu prezava e amava. Pena que dei as costas para ele, talvez se eu tivesse ouvido ele poderia ser uma probabilidade mas ele poderia estar aqui conosco. - ela suspirou. - De qualquer jeito ele não voltara, mas deixarei este diário companheiro de tantas lamentações como uma despedida de mim mesma e do meu irmãozinho. - ela arrancou algumas folhas jogando lentamente na fogueira e vendo as chamas queimarem-nas fervorosamente. Íris tentava recuperar seu fôlego mas ainda chorava muito. - Ele relata uma eu que nunca mais vai existir, ela ficara no passado como todos os meus erros e acertos. - e de uma só vez ela jogou com força e rapidez o diário no fogo vendo a chama iluminar tudo ao redor. Ela se afastou para não ser queimada, ela engoliu em seco as lágrimas e toda a dor.


Olhei para Chris e para Chaz que choravam como bebês, ri. Eles estavam tão gays, aposto que estavam assim porque não tinha história tão emocionantes a contar e admiravam a nossa. Eu admiro a história das duas, da minha mãe, até do Chris e do Chaz mas não consigo admirar a minha história de vida. Ela é tão ferrada e fútil que não é necessário ser relembrada nem contada mais do que esta vez.

_ Minha vez. - minha mãe se levantou.

Pattie puxou a minha loirinha da roda para acalmar-se em meus braços calorosos. Abracei-a com toda força presente me meu corpo fraco, ela ainda soluçava quando vi minha mãe pegar algo de sua bolça. Ela tirou um ursinho de pelúcia e jogou-o no fogo vendo a chama ser alimentada mais uma vez. Juntou as mãos orando algo e logo suspirou. Ela abaixou-se sentando no chão e pegando fôlego para falar.

_ Meu passado é tão degradante e feio quanto o de todos vocês juntos. - ela botou as mãos em seu colo. - Eu abusei de drogas lícitas e ilícitas na tentativa de reprimir meu conflito interno. Tive tentativas suicidas e principalmente tentei de alguma forma acabar e dizimar com tudo a minha volta. - suas lágrimas desciam amargamente de seus belos olhos verdes-azulados. - Furtei, machuquei pessoas e quase matei alguém. - suas mãos tremiam nervosamente. - Passei por dois hospitais psiquiátricos até realmente encontrar a paz interior, agora eu posso dizer e gritar ao mundo que eu estou finalmente feliz. - Destiny mantia seus olhos vidrados em Pattie com um sorriso solene. - E agora que encontrei eu mesma, quero ajudar outras pessoas que passaram por coisas iguais a minha também. - sorri surpreendido por tal ato lindo de minha mãe. - Esse ursinho oi o meu amigo durante todo esse tempo, ele me ajudava a superar tudo apenas escutando. Ou fingindo na verdade. - ela riu. - E eu pensei, como um ser inanimado como ele pode ser melhor do que as pessoas a nossa volta? - ela sorriu fraco, suas lágrimas sessaram por um tempo. - E é por eles não poderem opinar em nossas vidas que eles são tão bons, as pessoas tem o dom de estragar tudo e foder com a vida de quem elas nem conhecem apenas por uma opinião. - ela secou as lágrimas colocando um sorriso lindo em seus lábios. - A opinião das pessoas não importam mais em minha vida, eu aprendi que para sermos felizes temos que ignorar coisas desnecessárias e que nos façam entrar em uma depressão como eu entrei. Pena que eu aprendi isto tão tardiamente. Eu queria que aquele ursinho mesmo inanimado pudesse me ajudar, ele foi como a aca da Karmin no final das contas. - ela lançou um sorriso solene a Jennifer. - Ele foi uma ilusão que mascarou minha realidade, e é por isso que quero me livrar dele e de tudo deixando apenas no passado. Toda a mágoa, dor e desilusões que sofri ficaram a partir de agora no passado. - ela sorriu para nós e se sentou.

Todos ficaram em silêncio, ninguém sabia direito de toda essa história e era algo muito diferente e lindo da parte dela compartilhar conosco isto. Agora eu posso dizer que admiro minha mãe ainda mais depois disto. Ela é a minha heroína com uma armadura indestrutível e eu tenho orgulho de tê-la ao meu lado. Uma grande mulher e uma espetacular mãe.

_ Minha vez. - Chris sorriu sem graça indo ao meio da roda e todos o incentivamos a começar seu discurso.



[....]



Depois de termos todos chorado juntos, contado nossos passados sujos ou não pegamos flores brancas jogando ao mar e vendo elas serem levadas com as ondas. Demos um abraço coletivo sussurrando palavras de força e perseverança. Peguei Íris no colo levando-na até o carro onde nos esprememos todos para voltar a mansão.




Íris Destiny P.O.V's

2 de outubro - 19:00 PM - Jamaica


Estávamos nos nossos últimos na ilha, tentávamos fazer tudo o que não conseguimos em uma semana. Justin estava na piscina junto a todos enquanto eu me encontrava no quarto arrumando nossas bagagem. E como o Justin gosta de supras! Ele trouxe mais de 6 pares! Quem traz 6 pares de sapatos para vir passar uma semana apenas? Justin, Justin. Ri.

_ MEU AMOR! - ouvi alguém gritar atrás de mim me assustando. Virei para trás com a mão no peito que subia e desci por conta do susto. Justin!. - Se assustou é? - ele perguntou rindo, dei as costas a ele.
_ O que queres? - ele riu colocando suas mãos em minha cintura.
_ Você. - meus pelos todos se arrepiaram quando sentiram sua respiração descompassada bater contra meu pescoço.


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Desculpe não postar ontem mas é que estão trocando os postes da minha rua e bem quanto estava escrevendo o capítulo decidiram cortar a energia ¬¬
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Continua?





2 comentários:

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