15.4.14

Believe - 17 -





Íris Destiny P.O.V's
27 de abril - 02:00 AM - Califórnia



Foi só um erro. Um errinho bobinho. Uma hora ou talvez alguns minutos, sei lá, que mudaram tudo. Fico pensando isso antes de entrar em minha casa, e em como as coisas podiam ter sido diferentes. Mas não depende de mim. Ou melhor, não dependeu apenas de mim. Mas agora é fácil demais dizer que as coisas podiam ser diferentes. Porém a pressão e o meu tempo estava explodindo, meu coração parecia estar sendo metralhado e sinceramente não é uma sensação deliciosa. É uma sensação dolorosa e que te faz repensar por horas a fio nas coisas que se sucederam tão rápidas e agora parecem tão longas e dolorosas. O ponteiro acima da minha cama girava milhões de vezes antes de eu me dar conta de que havia se passado 6 horas e eu estava no mesmo estado olhando para o teto e sentindo um vazio dentro de mim. Amar é assim. Esse sentimento tem o poder de te reconstruir tão facilmente te dando a falsa aparência de que você é feita de aço, de marfim e depois de algumas horas, sias ou até meses quem sabe. Você se desmonta igual um castelo de areia na beira do mar, meu coração estava mais para a segunda opção. Está como um castelo de areia querendo se reconstruir sem sucesso algum. As lembranças invadiam minha mente como uma ponte para a depressão profunda. Levantei da minha cama descendo lentamente as escadas longas e reconfortantes. Quando cheguei no final olhei para o relógio em meu pulso indicando que era 2 da madrugada, andei de fininho até a cozinha e peguei algumas coisas para comer. Não encontrei nada e me lembrei de que amanhã era o dia em que faríamos as compras do mês, peguei no cabideiro um casaco e vesti ele por cima do meu pijama da Hello Kitty. Vesti um coturno que ganhara de presente de Jeni e peguei as chaves guardando em meu bolço, havia alguns dólares em um bolinho então abri a porta causando uma ranhura pequena; Fechei com cuidado a porta e caminhei pela rua vazia e bem iluminada até algum lugar onde pudesse comer sem me preocupar. Avistei na esquina um barzinho pequeno e mal iluminado, sabia que era bobagem porém senti um mal pressentimento. Andrei pelas portas de velho-oeste engraçadas e me sentei no banquinho próximo ao balcão quase vazio. Peguei alguns dólares de meu casaco e coloquei na mesa, olhei par as bebidas chamativas e coloridas sorrindo.

- Uma vodka -disse por fim para a garçonete que me olhava se perguntando se eu tinha mesmo 18 anos para beber
- Você não parece o tipo de garota que bebe -disse a garçonete morena se inclinando no balcão
- Eu estou pagando a merda da bebida então me de ela! -disse furiosa, tudo o que eu queria fazer era acabar o dia com uma ressaca do caralho e não me lembrar de nada do que eu fiz na noite passada.
- Ok -ela sorriu pegando um copo e enchendo com aquela bebida branca e gelada colocando algumas pedras de gelo.
- Obrigado -disse irônica e ela deu as costas voltando a limpar o balcão cantarolando algo irritante. 

Peguei a bebida analisando o copo e bebi de uma só vez sentindo a bebida queimar minha garganta lentamente. O gosto era horrível porém só de estar bebendo algo que contém álcool nos sentimos bem melhor. Um pigarro veio de trás de mim onde olhei para um homem sentado em cima de uma mesa com o terno de grife afrouxado e sua gravata em ciam da mesa. Ele piscou para mim bebendo sua cerveja sorrindo logo depois.


- Mais um! -pedi a garçonete que deu de ombros enchendo mais um copo e me passando pelo balcão- Obrigado! -agradeci novamente e virei o copo novamente limpando minha boca que escorria a bebida. 

Olhei para trás vendo um homem ou melhor o jovem homem de aparência atraente e jovem em olhar intensamente. Ele sorria para mim, ao fundo do bar a garçonete havia colocado Little Talks para tocar. Essa música era calma e me deixava pensativa, Havia pegado um guardanapo e rasgava ele em vários pequenos pedaços descontando minha raiva. A cada vez que tentava olhar para algum lado as palavras duras e rudes que disse ao Justin voltavam em minha mente me deixando ainda mais angustiada.

- Vejo que está angustiada! -disse o homem que minutos atrás estava em uma mesa me encarando- Sou Calvin! -ele se apresentou dando um beijo em minha bochecha- E a princesa é? -eu rolei os olhos
- A princesa está dispensando sua cantada barata! -disse rude e ele pareceu ficar ofendido- Oh desculpe! -me recompus e ele riu pelo nariz
- Marrenta? -ele disse rindo e eu me lembrei de Justin falando que eu era marrenta e....droga porque não tiro esse garoto da minha cabeça? Ele tortura e manda em meus pensamentos sem nem estar perto!
- Apenas sincera -peguei o guardanapo picando ele em pedaços ainda menores
- Ok Senhorita sincera, não vai me dizer o seu nome? -eu neguei pegando os papéis e botando em minha mão- Vai diz! -ele implorou sorridente e eu cedi
- É Íris -ele sorriu
- Lindo nome! -ri irônica- Lembra arco-íris -eu sorri admirada dele saber disso também
- Pensei que somente eu era obcecada por significados de nome! -ele riu bebendo sua cerveja
- Eu gosto, por exemplo dizem que o significado do meu nome é sem cabelo -ri pelo nariz- Porém é... -eu o interrompi
Governa o mundo! -dissemos juntos sorrindo e rimos- Como você sabe? -dissemos juntos d enovo e caímos na risada
- Você é boa! -ele sorriu- Então arco-íris está tão triste que  parece que suas cores sumiram! -dei um tapinha em seu ombro musculoso coberto pela camiseta
- Não estou sem cor e não estou angustiada! -ele negou irônico
- Vamos lá você precisa de uma bebida para se animar! -ele pediu para que a garçonete viesse até nós- Verônica seja educada e sirva mais uma bebida a essa senhorita -sorri de seu cavalheirismo e ele pegou a cerveja me dando e pegando uma para ele.
- Um brinde? -propus e ele sorriu encostando a garrafa na minha.


- Um brinde -ele sorriu e bebemos em um gole só a cerveja.



[.....]


- Não quero! -disse rude tentando empurrar Calvin que tentava beijar minha boca a força- Cade o cara carinhoso que me deu apoio?
- Quer ter a melhor transa em anos com você pedaço de mal caminho! -ele susurou em meu ouvido me fazendo arrepiar inteira. Eu estava bêbada e imprudente porém não iria transar com um desconhecido!
- Calvin me larga! -joguei ele para o lado enquanto ele avançava furioso até mim.
- Loirinha gostosa, espero que teu namorado te perdoe -sem dizer uma palavra ele avançou me meu pescoço dando chupões fortes e nada prazerosos. Tentei me soltar de seus braços fortes ficando em desvantagem, tenho que começar a fazer academia! Ou talvez não puxar papo com pessoas desconhecidas em um bar. 
- Calvin me solta! -pedi mais uma vez tendo ele negando com a cabeça- ME SOLTA, ESTÁ MACHUCANDO! -disse enquanto ele me prensava contra o chão frio- SOCORRO! -gritei assim que senti ele desabotoar o meu casaco e jogar fora. 
- CALA BOCA VADIA! -ele deu um tapa estralado em minha face me fazendo choramingar, o que mais machucava não era ele estar tentando fazer sexo comigo a força e sim ele ter me chamado de vadia.

Você pode me chamar de louco porém para mim uma palavras vale mais eu ações. Com um elástico preso em meu cabelo ele prendeu minha boca a mantendo fechada, meus pés ele amarrou com minha blusa no canto da pia e meu corpo estava encostado no chão do banheiro frio. Suas mãos atrevidas tiraram minha camisola e como não estava de sutiã ele assoviou molhando os lábios. Mordi o lábio inferior enquanto ele apertava minhas mãos e me mandava segurar na pia fortemente, eu não tinha mais movimento de nada do meu corpo. Ele passava suas mãos grossas apalpando meus seios enquanto eu sentia uma agoniante tortura, ele riu e me olhou por um segundo afundando sua cabeça em minha barriga. Seus lábios davam pequenos selinhos e sua língua deixava um rastro de saliva por onde passava me fazendo ter nojo de estar nessa situação agonizante.

- Nada mal para uma garota de 25 anos -tremi
- E-eu tenho 20 anos -ele arregalou os olhos
- Oh isso é abuso de incapaz! -ele disse para si mesmo- É mais divertido dançar na linha vermelha da lei -ele disse e eu senti meu estômago se embrulhar, ele ia abusar de mim e eu não conseguia parar de olhar para sua face e pensar o que o fez tomar essa atitude horrorosa.

Em segundos tive outro tapa acertado em minha boca fazendo um pouco de sangue escorrer de minha boca, ele continuava a brincar com meus seios descobertos chupando, mordiscando-os e lambendo. Minha boca havia ficado seca e eu parecia uma criancinha que não havia aprendido a falar ainda.

- Eu tinha uma mulher sabe Íris, ela tinha 17 anos quando a conheci -ele sorriu perverso- Nós transamos em um banheiro como esse, ela era linda -engoli em seco sendo torturada a cada momento que se passava, ele tocava meus cabelos carinhosamente me causando arrepios e cada vez mais nojo- Ela tinha 20 quando decidimos nos casar, no dia marcado ela me deixou plantado na igreja e apenas me mandou um comunicado dizendo que desistiu e que gostava de outros por isso não podia cometer o erro de se casar comigo -ele riu irônico- EU TENHO CARA DE SER UM ERRO?? -ele gritou me olhando com os olhos marejados.
- N-não -disse entre dentes e ele me lançou um tapa certeiro em fazendo choramingar
- NÃO MANDEI FALAR! -ele acertou outro- Continuando -ele falou enquanto abaixava minha calcinha deixando minha parte íntima em contato com o chão frio- Ela era igual você Íris, doce, carinhosa, arrogante, loira com os olhos verdes -ele falou com uma empolgação que me deixou admirada mesmo estando nessas condições-  Ela era tão atraente que todas as vezes que saímos voltávamos para casa brigando porque alguém havia direcionado um olhar pervertido para seu corpo -suas mãos examinavam a parte interna da minha coxa me causando arrepios constante- Ela era tão linda, porém ela fugiu com algum imbecil riquinho e isso me mais deixa puto! Sabe eu posso não ter tanto dinheiro mas sou um cara de bem! -eu ouvia atentamente sem nenhuma opção de fugir porque estava amarrada- Depois de exatamente 5 anos, eu disse 5 ANOS! -ele gritou em minha cara com fúria me lançando mais um tapa certeiro- Ela me aparece dizendo que está GRÁVIDA! E QUE O IMBECIL FILHO DA PUTA QUE ELA AINDA AMA A ABANDONOU E QUER QUE EU CUIDE DELA A PARTIR DE AGORA! -seus dedos avançaram para dentro de minha vagina fazendo movimentos circulares que me estimulavam- EU DEVIA SER O PAI DESSA CRIANÇA! ELA NÃO DEVIA TER ME ABANDONADO! -sua mão apertou forte minha perna fazendo-as se abrirem ainda mais- SÓ QUE ELA NÃO VAI TER MAIS ESSE FILHO, NEM EU VOU PODER TE UMA NOVA CHANCE COM ELA! PORQUE ADIVINHA?? -seus olhos brilhavam da fúria que ele descontada em mim por todos esses anos com essa mulher- EU TERMINEI COM SEU SOFRIMENTO, EU A MATEI! -meu sangue congelou, meu coração parou de bater um pouco assim que percebi que ele era na verdade um assassino. Ele podia me assassinar a qualquer momento!
- Calvin,  v-você a-a m-atou? -perguntei de novo não acreditando que a horas atrás nós falávamos de faculdades e coisas inúteis como dois amigos e na verdade ele é um assassino.
- MATEI SIM! -ele disse parecendo orgulhoso de sua façanha me deixando mais amedrontada- Mais eu acho que temos outra coisa para fazer -ele sorriu malicioso tirando suas roupas rapidamente e eu sabia que a tortura iria começar.

Ele brindou mais um pouco com meu corpo antes de me penetrar com tudo me fazendo dar um grito agudo de dor, tudo o que eu estava pensando era em quanto eu me sentia suja. Suja por dentro e  por fora! Como eu pude pensar que eu cara em um bar as 2 da matina iria ter boas intenções?? Ele movia seu corpo de uma forma exagerada e rude me machucando, meus músculos já não aguentaram a pressão e cederam me fazendo cair no chão desacordada.

- ACORDA VADIA! ACORDA! PARA DE SE FINGIR DE VÍTIMA COMO A MINHA MULHER MORTA! -gritou Calvin o doente em cima de mim só que eu não conseguia responder suas provocações. Apenas senti um clarão e a minha cabeça tocar em algo macio e ao redor se ouviam sirenes de polícia.


[....]


Tentei movimentar meus braços sem sucesso, não sentia do meu pescoço para baixo. Tentava gritar sem voz, e havia um eletro alguma coisa ligado ao meu corpo. Onde estou? Era a minha vontade de perguntar alguém. Agitei meus braços me sentindo sufocada.

- Ela acordou! -uma voz familiar falou enquanto eu finalmente consegui enxergar a pessoa que vinha até mim. Justin!
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! -fui tudo que consegui gritar após começar a sentir uma dor estonteante me fazendo cair na cama novamente- ONDE ESTOU? -ele sorriu me ajudando a deita-se.
- No hospital, você... -ele me olhou triste- Foi estuprada!

Quando ele falou meus olhos se arregalaram, toda a minha memória veio vindo de trás para frente toda embaralhada porém me lembrei de meras cenas que me fizeram gritar de agonia. Eu ainda me via presa a aquela pia e Calvin ou o caralho do nome daquele sujeito me bater depois de eu ter perdido a consciência. Deus que pesadelo horrível! Pera isso aconteceu realmente! Justin em olhava com dó e com tristeza no olhar.

-Ninguém vai te tocar nem te machucar mais meu anjo, eu estou aqui! -o abracei com força como se nada entre nós estivesse quebrado. Como se ainda fosse a primeira vez que nos vimos e a primeira vez que eu me apaixonei por esse babaca de olhos cor de mel. Eu só queria ficar no conforto de seus braços para sempre.



....
Continua??

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